15/07/2010

Kick Ass: Quebrando Tudo



Como todos sabem o filme é uma adaptação do HQ de Mark Millar, e eu sei que teve gente que não foi ver no cinema pensando “ah, é mais uma daquelas adaptações que sempre dá em merda”, estava errado quem pensou assim e deixou de ver o filme. Não ficou perfeito, mas me surpreendeu e sinceramente acho que é um dos melhores filmes do ano, até agora. Com ressalva para O Último Mestre Do Ar que já estreou lá fora, e se saiu muito bem, obrigado, mas aqui ainda não chegou. Com o sucesso que fez lá faz parecer que estar realmente bom, quem sabe até melhor que Kick Ass.
O personagem principal é o Dave Lizewski, que é bem ao estilo nerd hardcore. Não faz o tipo que agrada as garotas, passa as tardes na frente do PC, vendo pornografia ou lendo quadrinhos. Fissurado por super-heróis ele se pergunta por que nunca ninguém se tornou um super-herói na vida real, mesmo sem poderes “com tantos fãs de quadrinhos por aí, será que ninguém nunca pensou em se fantasiar e combater o crime?”.
Então ele decide se tornar um herói, mesmo sem noção nenhuma dos perigos ou motivação. Nada de aranha radioativa ou busca por vingança, ele quer se tornar um herói e ponto. Compra uma roupa de mergulhador no eBay que serve como traje. Já em uma das suas primeiras aventuras ele se fóde todo, ele não sabe brigar e apenas com dois bastões tenta impedir um ladrõezinhos, acaba tomando uma surra e em seguida é atropelado.
Seria um fim trágico para o desfecho da história, mas o rapaz se recupera e ganha mais motivação pra continuar com as cenas que contém muito sangue que seguem. Kick Ass fica famoso quando um vídeo de suas lutas contra ladrões cai no youtube. Mais na frente surgem dois personagens que muda todo o quadro do filme, o Big Daddy, interpretado por Nicolas Cage e Hit Girl, na pele da endiabrada e inspirada Chloë Moretz. A Hit Girl é o personagem que todo autor sanguinário gostaria de criar, sempre que ela aparece pode esperar muito sangue voando de corpos. A censura do filme é 18 anos e é incrível ver que mais da metade das cenas de violência e palavrões vem de uma garota de 11 anos.


Apesar de ser uma história “original”, o assunto debatido é basicamente o mesmo que é passado em Watchmen. Mas infelizmente o filme, diferente do HQ, foi praticamente feito pra adolescentes e dificilmente vai ser lembrado por muito tempo por um adulto.
As musicas se encaixam perfeitamente com as senas, ficou um trabalho incrível, me lembrou os filmes do Quentim Tarantino, por mais que não tenha os mesmos padrão.



             A adaptação ao cinema de Kick Ass ficou boa comparado a grande onda de merda que sempre acaba se tornando as adaptações de HQ’s famosos. Claro, óbvio e evidente que não saiu perfeitamente como o HQ, mas ficou de uma qualidade altíssima e me arrisco a dizer que poucas adaptações ficaram tão boas quanto essa.
           Em vista do lançamento do filme no Brasil a Panini Comics já anunciou o lançamento do encadernado contendo o seriado (Cap.: 1-8), mas o preço não é nada convidativo, R$60,00. Por esse preço Kick Ass não será conhecido nem por metade das pessoas que forem assistir ao filme. Mas não acabou não, Millar vai dar continuação á história com lançamento previsto pra agosto desse ano. Kick-Ass 2: Balls to the Wall será uma minissérie de seis capítulos e a principio será lançada apenas nos EUA e Inglaterra.


Um comentário:

Anônimo disse...

Quero assistir!

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