31/01/2012

Pirataria: sim ou não?

Antes de qualquer coisa saiba, se o governo pudesse ele controlaria tudo sobre a sua vida visando o lucro.

Falando assim parece óbvio, mas há sei lá quantos atrás quando começaram a pensar que era preciso controlar a população de alguma maneira, absolutamente tudo que diz respeito à forma de viver era controlado, mas de lá pra cá vem se conseguido afrouxar as rédeas que o governo tem sobre nós. Um exemplo bem clichê é a conquista das mulheres que durante muito tempo não podiam votar e depois de revoltas e muita oposição conseguiram o direito de votar. Enfim, todos conhecem essas histórias das conquistas de direitos através dos tempos.

Hoje todo mundo anda atento às coisas que o governo faz em relação à tentativa de manipulação, quando surge uma nova proposta de lei que tenta de certa forma controlar o que as pessoas consomem, todos ficam cabreiros, e se a coisa ficar séria dá-se um jeito de fazer manifestações, passeatas, hashtags por ai vai.

A forma mais comum e amplamente usada para controle da população são os meios de comunicação que não são apenas TVs ou Rádios. Estreitar por exemplo a entrada no país de materiais relacionado à cultura de outros países também é controle de comunicação. Mas é justamente por causa dos meios de comunicação mais populares que todos ficam sabendo o que é produzido fora do nosso país, e se o governo proíbe a entrada desses produtos aqui, logo todos vão atrás de modos alternativos de trazer esses produtos aqui pra dentro (isso é a pirataria inevitável).

Desde quando surgiu a definição de sociedade é comum as pessoas trocarem informações sobre o que gostam. Acho que todo mundo já recomendou ou foi recomendado a ouvir ‘tal musica’ por que alguém ouviu e gostou. No auge das redes sociais, “compartilhar” é a palavra do momento.

Mas e se essa ‘tal musica’ não esta a venda ai no seu país? Eai como faz? Até uma criança hoje em dia sabe a resposta: “baixa na internet”. Quem ganha e quem perde com isso? Nós ganhamos por ter um conteúdo ‘grátis’ e as gravadoras (aqui no Brasil) perdem entre R$10 a R$40 que é faixa média de preço dos CDs. Muita gente não compra CDs, DVDs ou Jogos por serem caros aqui no Brasil. Já nos estados unidos por exemplos um CD de musica tem a média de preço entre U$1,5 e U$3,5. A justificativa dos preços altos nos produtos estrangeiros por aqui é que estão inclusos vários impostos, mas então porque e um CD nacional custa quase o mesmo preço? Se for produzido aqui tinha que ser mais barato, concorda?

Agora imagine que seu amigo tem aquele CD - original - da ‘tal musica’ e te empresta. Você copia pro seu computador. Você acha que isso é pirataria? Bem, não deveria ser. Da mesma forma que eu posso tirar uma foto de um quadro exposto num museu e isso não é pirataria. Mas na cabeça das autoridades de grandes corporações não é assim que se passa.

Recentemente o autor Paulo Coelho fez uma parceria com o Pirate Bay o autorizando a disponibilizar seus e-books para download grátis. Conforme o autor, o Pirate Bay decidiu fazer parcerias com autores e músicos que não se importam em compartilhar seus trabalhos online. Considerando o grande retorno de marketing que o Pirate Bay pode gerar são garantidamente milhões de acessos diários.

A estratégia parece um tanto quanto equivocada, mas contrariando o senso comum essa estratégia deu certo em vários lugares, como na Rússia, onde ele alavancou as vendas de suas edições impressas após piratear em e-book.

Essa é a grande diferença entre quem quer fazer seu trabalho ser conhecido e quem quer ganhar dinheiro de todos os meios que conseguir.

Eu não acho que lei alguma de proibição vá fazer a pirataria deixar de existir, se proibirem a internet (numa suposição bem irreal) com certeza acharão outro meio de compartilhar suas coisas.

Vamos discutir o assunto aqui nos comentários ou no Twitter. Me siga: @wash_oliveira

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