02/03/2012

Dinheiro Abstrato

Qual vai ser a forma de pagamento? A vista, crédito, débito, cheque, duplicata, financiado, consignado, com o próprio corpo, Dotz ou Google Bucks?


Há tantas formas de pagamento que além da média de 2 horas que as mulheres passam se decidindo sobre qual produto levar, tem ainda que dispor de um tempinho a mais na escolha da melhor opção de pagamento.

Houve um tempo em que a única forma de conseguir o que se precisava para sobreviver era caçando ou plantando. Tempos depois, trocando algo que tinha em abundancia por aquilo que se precisava. Depois, alguns materiais se tornaram conhecidos por sua raridade como metais e pedras preciosas ou pela sua abundancia como grãos diversos e se transformaram na primeira forma de dinheiro que se tem sabido. Logo surgiu a representação de dinheiro em moedas, de ouro, de prata, de bronze, etc. Até se tornar apenas papéis com cifrões desenhados ou nem isso, cartões de créditos que armazenam a quantidade de dinheiro que se tem, guardado o dinheiro propriamente dito a salvo. E com o passar dos anos a ideia de dinheiro tem ficado cada vez mais abstrata.

O Google – que como todos sabem, tem como objetivo dominar o mundo – cogitou a criação de uma moeda própria, chamada Google Bucks. A ideia não foi pra frente (ainda) por que o conceito de criar uma moeda com um mesmo valor comercial não importando o país é ilegal em muitos deles. Não se tem muita informação sobre isso (até porque não existe), mas é fácil imaginar que se esse projeto fosse pra frente provavelmente faria certo sucesso, já que a internet é global e o Google tem usuários em praticamente todos os países do mundo. Sendo assim, com certeza abalaria a economia mundial e é impossível dizer se isso seria um avanço ou uma jogada errada. Ou talvez funcionasse apenas como uma espécie de crédito de fidelização como o Dotz por exemplo.
O Dotz, pra quem não sabe é uma espécie de moeda que tem como objetivo a fidelização de clientes. Assim como a maioria das livrarias tem seu próprio cartão fidelidade que gera pontos a cada compra e que podem ser trocados por produtos depois. O Dotz também funciona assim, mas com o diferencial de poder ser adquirido em várias lojas de segmentos diferentes que participam do programa.
Essa abstração do dinheiro é basicamente o conceito/foco das administradoras de cartões. A premissa é simples: deixe seu dinheiro conosco que nós o ‘protegemos’. E eles protegem como se fossem deles!
No Brasil 60% da população brasileira está integrada a algum tipo de sistema bancário, destes, apenas 25% possuem cartão de crédito. E tenho certeza que esses dados já estão desatualizados, imagine quantas pessoas fazem cartão de crédito por dia.

Mas o apelo vai muito além do financeiro. Nas propagandas as operadoras de cartões tentam impor certa opressão social, mostrando pessoas sendo acuadas moralmente para que não passem vergonha e usem o cartão ao invés de dinheiro. É comum o atendente do estabelecimento se recusa a passar troco, sugerindo o uso do cartão em prol da comodidade. Mas quem nunca comprou algo numa loja e na hora de pagar teve que esperar o moço(a) ir ao caixa ou loja vizinha atrás de troco. Não ter troco é vergonhoso para estabelecimento e não para o cliente.

Enfim, há quem prefira deixar o dinheiro voando na nuvem bancária por segurança e há quem prefira guarda-lo debaixo do colchão (Jura que alguém ainda faz isso? – Juro!). 

Cuide bem do seu dinheiro!

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