Acontece é que ninguém sabe ao
certo o que é a internet. Aliás, sabem sim. Na internet se faz de tudo, tem de
tudo, é tudo. Mas causa estranheza justamente por causa dessa falsa liberdade,
as pessoas ficam descrentes com tanta liberdade, é tanta liberdade que as
pessoas não sabem o que fazer com ela e acabam se estrepando.
Mas a internet não é nada mais do
que um reflexo da vida real. As pessoas custam a entender isso. Aqui você pode
comprar, vender, se divertir, se comunicar, nada além do que é feito na vida
real. Como diz o tio Steve Jobs "a informática é apenas um meio", as
ações tomadas sobre os usos dela é o mais importante dessa relação. Não se pode
culpar a internet pelas coisas ruins que acontecem. É como acusar o governo por
causar acidentes, quando na verdade o que ele fez foi construir rodovias.
Sempre que qualquer conflito
puder acontecer em relação ao que é o direito de uma pessoa, é interessante que
haja uma regulamentação. Quanto mais a internet se torna parte da realidade
social, mais ela suscita conflitos e mais demanda por normas.
Então, sim, a internet precisa de
regulamentação, mas é importante que essas regras e normas sejam pensadas em
favor de um interesse público. Não aquele interesse comercial. As propostas de
leis apresentadas até então tem como objetivo garantir que a indústria
cultural, por exemplo, não seja ameaçada por uma nova lógica de circulação de
cultura. Ou seja, o problema não é a internet. O problema é a propriedade
intelectual; são os regimes de patentes. Como disse, a internet precisa sim de
regulamentação, mas para tal, neste caso, é preciso repensar as regras de
patentes e propriedade intelectual.
Já ouvi pessoas dizerem preferir
o fim da propriedade intelectual, mas também já vi pessoas causarem mini
guerras pelo motivo contrário. Afinal, se você escreve um livro ou grava um CD
o mínimo que você quer é vendê-lo. Acho
que o artista deve sim receber pelo trabalho feito, mas não acho que deva
receber pela circulação desse conteúdo. Isso é só um lado desse debate
multifacetado, o fato é que toda essa questão precisa urgentemente ser debatida
e repensada. E afirmo com certeza que nossos governantes não estão por dentro
dos pormenores desses assuntos para tomarem decisões.
O caso que levantou essa poeira
toda foi o da atriz Carolina Diekmann. Caso você não saiba, dias atrás varias
fotos dela, dentre elas algumas em que a atriz aparecia nua, foram roubadas do
seu computador e foram parar (Lógico!) na internet. Hackers conseguiram acesso
ao computador da atriz por meio de um Malware, quando ela caiu em um golpe na
internet. A fúria da atriz em ser exposta dessa forma (e a quantidade de
dinheiro que ela deve ter pagado a seu advogado) foi tanta, que um texto foi
aprovado na câmara e prevê pena de três meses a um ano para quem acessar
dispositivo eletrônico alheio, conectado ou não à internet, com o fim de obter,
adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita
do titular do dispositivo, instalar vulnerabilidades ou obter vantagem lícita.
Antes disso, foi dito que se não houvesse a tentativa de extorsão, o caso da
atriz não seria punível, por que não estava previsto no código penal. Agora
está!
Uma questão importante a se
perceber é que a internet é um espaço público. Informações privadas não devem
ser postadas, especialmente em sistemas que não estão sob o seu controle, como
é o caso das redes sociais. Não confie grande parcela da sua intimidade e vida
social a nenhuma pessoa jurídica. Afinal a internet é como uma avenida
movimentada, é preciso ter cuidado ao atravessá-la, caso contrario você pode
acabar sendo atropelado. Na internet você pode acabar tendo sua intimidade
exposta.
Na conclusão fica a dúvida: Quer
dizer que agora se o cara pegar o celular da namorada pra dar um confere nas
mensagens ela já pode processar ele?
Abre o olho heim mlk lol
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